Por Carlos Burity
O texto a seguir é de autoria do atuante advogado alagoano Welton Roberto. O twitter do mesmo é @WeltonRoberto e seu blog é um dos mais acessados do www.cadaminuto.com.br
Eu consegui definir o texto de forma bem dinâmica e direta ok? MUITO FODA!! SENSACIONAL! PARTICIPAMOS DE TUDO ISSO E SOMOS HIPÓCRITAS DIARIAMENTE!Segue o texto........................
Por Welton Roberto
Eu sou impopular! E daí?
É cada vez mais difícil nos dias de hoje defender os direitos fundamentais. Sejamos claros: direitos como o de ampla defesa e de livre contraditório, direito de liberdade de opinião e expressão, direito de posicionamento público perante questões de nosso debate público. Estamos fadados ao falso moralismo dos populistas em busca de benesses do governo, ao discurso insuportável dos “ecochatos” que bradam contra a sacola plástica do supermercado mas que se deliciam no McDonald's com seus automóveis à gasolina (ou picapes à diesel), aos “justicialistas e justiceiros” que acham que tudo se resolve com cadeia, humilhação e “porrada”. Mas o preço pago por quem assume posição dissonante da maioria é a impopularidade. E estou disposto a pagá-lo. Como que uma praga os algozes da “opinião” “pública” ou "popular", que vaticinam a prisão a qualquer preço e os julgamentos midiáticos no estilo pão e circo, que pregam o respeito ao meio ambiente mas não se indignam contra as “línguas negras” em nossas praias, e que são subservientes aos governantes (sempre e felizmente) transitórios no poder acabam sufocando as vozes daqueles que tentam racionalizar as atitudes sociais. Ser contra a ficha-limpa? Ser contra certos movimentos pilantras de auto promoção pessoal descompromissados como o meio ambiente ou com o social? Ser contra o cárcere arbitrário de militares? Ser contra as prisões automáticas e despóticas determinadas por juízos e juízes midiáticos? Fogueira nele! Queimados somos pela chama santa da inquisição, em especial a que queima com madeira alagoana. Eu prefiro continuar sendo impopular, mas sempre defendendo os valores de uma sociedade democrática ainda que tenha que me defender dela... Quero o debate de idéias, e não a covardia das visões unilaterais, visões de rebanho. Quero o trânsito e o livre fluxo de pensamentos, e não a padronização oca, fútil e estéril de pretensos líderes, formadores de opinião, intelectuais “inorgânicos” ou orgânicos (perdão mestre Antonio Gramsci, eles não sabem o que dizem, eles não sabem o que fazem...). Quero contrariar para poder crescer, e não concordar para compartilhar a inanição perversa que faz de nosso estado ser o que é: um dos campeões entre os de piores indicadores sociais do país. Acredito em Alagoas! Quero sempre dialogar para podermos, juntos, sempre construir.
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